A procura interior de um escritor pouco inspirado leva-o a personificar a sua consciência, chama-lhe Deus e ouve-a num misto de perplexidade fingida e respeito. A conversa “divina”, consigo mesmo, exalta-lhe a caneta e provoca o nascimento de uma história moral. Personagens que vestem pensamentos e atitudes reais de uma sociedade de aparências e ao mesmo tempo de rupturas entre gerações, a moral fingida e a ética real. Meados dos anos 70, ilustrados numa família de classe média, auto-intitulada de classe alta, cheia de virtudes imorais, onde o que parece nunca é. Um esposo sério fora de portas, uma mulher respeitada na rua, habitantes de uma casa de mentiras, traição e quizílias familiares. Uma amante critica dos maus costumes e seguidora dos mesmos, um filho recém-rebelde, pseudo-apaixonado por uma actriz, que o encanta com o cheiro da liberdade física e sobretudo psicológica.O clímax de um escritor que ganha noção da criação, se desprende da sua consciência, e se torna dono e senhor da caneta, com a tinta que lhe corre nas veias. O poder de riscar o destino...
Que comece a vida...
...dia 16 de Junho.
Que comece a vida...
...dia 16 de Junho.
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