Vi este poema no blog da minha amiga Sónia http://www.sombrasminhas.blogger.com.br/ , como gostei muito, tomei a liberdade de o publicar aqui... Poema acto III "O actor acende a boca. Depois os cabelos. Finge as suas caras nas poças interiores. O actor põe e tira a cabeça de búfalo. De veado. De rinoceronte. Põe flores nos cornos. Ninguém ama tão desalmadamente como o actor. O actor acende os pés e as mãos. Fala devagar. Parece que se difunde aos bocados. Bocado estrela. Bocado janela para fora Outro bocado gruta para dentro. O actor toma as coisas para deitar fogo ao pequeno talento humano. O actor estala como sal queimado. O que rutila, o que arde destacadamente na noite, é o actor, com uma voz pura monotonamente batida pela solidão universal. O espantoso actor que tira e coloca e retira o adjectivo da coisa, a subtileza da forma, e precipita a verdade. De um lado extrai a maçã com sua divagação de maçã. Fabrica peixes mergulhados na própria labareda de peixes. Porque o actor...
Os amantes de teatro tem consciência? Este blog é para eles, para quem "vive" intensamente a arte do palco. Aqui vai poder ver textos que um dia podem vir a ser peças de teatro, debater assuntos relacionados com este tema, obter informações sobre as novidades do teatro amador e não só. Junte-se a nós e respire o aroma intenso que as tábuas do palco deixam em nós...